domingo, 14 de março de 2010

Se o inferno são os outros, eu já não sei mais o que sentir...

Sabe como é se sentir a cem quilômetros por hora? Pois assim que estava me sentindo, como se meu corpo estivesse acelerado enquanto todo o resto passava lento, vagaroso, com uma vontade de encostar-se em um sofá e dormir sem ao menos retirar os sapatos. O mundo estava com sono e eu alinhavado em um quesito de tensões de minhas células, de neurônios, de opiniões que não iriam levar-me a lugar nenhum, apenas afogar-me. Idéias que pairavam no ar, idéias desgovernadas que iam se perdendo devido à velocidade e a falta senso. Pensamentos que vagam, viajam não com o intuito de chegar a um ponto preciso, mas a tantos outros pontos; que devido à aceleração pode se considerar um ato de suicídio, não só da mente, mas também do subsidiário, do terceirizado e defectível corpo. Não sei quando começou ou quando vai começar a revolução. Só sei que dentro de mim existe uma guerra; não uma batalha com soldados, mas uma batalha feita de idealistas e seus ideais... Um combate de tuberculosos. Pois bem, morre dentro de mim milhares de poetas por dia. Dizem que assim se faz um homem, o que é uma grande mentira.

Um comentário:

  1. E que sobrevivam outros tantos poetas também! :)

    Só a título de curiosidade mesmo, não sei se foi proposital, mas essa frase do título do post vem de uma peça de Nelson Rodrigues, chamada Entre Quatro Paredes, muito boa por sinal! ;P



    Passando pra agradecer a visita e a degustação dessas palavras.. constantemente me sinto assim, em guerra comigo. O bom é que, mesmo perdendo sempre, eu sempre ganho também! ;)

    Beijocas,
    Letícia Mariano


    www.leticia-alvares.blogspot.com

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