quinta-feira, 18 de março de 2010

Conseqüência da pele

Depois de ontem
Comecei a me sentir tão entre parênteses
Tão sublinhado no termo de minhas emoções
Que comecei a me sentir um mar

Tão aparentemente desesperado
Tão subliminarmente grifado,
Tão por assim dizer... Afogado

Ao sinal das árvores que ao sol irradiam
Como trovoadas e metáforas não escolhidas
Um torpor,
Uma vertigem e um sono

Se não há um sol nesse meio-dia
Existe um sol ainda não escolhido
De permanência irrefutável
De grandeza infinita...

Como conseqüência da pele

3 comentários:

  1. E aí Guilherme!
    Grande poesia para um grande poeta!

    Excelentee isso de...

    "Tão aparentemente desesperado
    Tão subliminarmente grifado,
    Tão por assim dizer... Afogado"

    O mar
    Com seu deslumbre pasmo, parado
    Grande, sozinho, distante
    À deslumbrar...
    O mar

    Um forte abraço companheiro!

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  2. afinal, "a metáfora também merece que se lute por ela"!

    obrigada.

    =)

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  3. Opaa, então vai ter visita às Minas Gerais? =D Lindo verso, esse de Neruda que me mandou...


    E lindas palavras do seu post, tão lindas que me deixaram com uma pulga atrás da orelha... 'o que será que lhe aconteceu ontem?'


    Seja o que for, se traz inspiração, refrigera a alma... (pelo menos de quem o lê!)

    beijocas, Gui! (sentiu a intimidade, né? haha)

    Letícia Mariano

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