quinta-feira, 25 de março de 2010

Mais um "Hey"

Como eu não tinha nada pra fazer nessa madrugada, acabei revirando uns textos meus e encontrei isso... Foi um e-mail que mandei respondendo Maria Alice, uma amiga minha Virginiana Ferrenha. Achei engraçado e decidi posta-lo. Os erros dele achei melhor mantê-los, pois assim fica mais informal e mais pessoal.

Hey

Opa, o bom é que estamos mergulhados entre as nossas próprias “porras”. É tanta excitação que pra porra sair é só uma conseqüência dos nossos atos. Rs...

Eu estou bem, continuo a mesma merda molenga de sempre, talvez eu esteja tentando encontrar o meu espaço, porém cada vez mais eu acho que vivo numa parte diferente do mundo. Como se eu fosse ou visse algo que as pessoas não vêem ou não se importam o suficiente. Talvez eu enfatize muito o “Eu” e fico falando essas bobeiras todas... É como se eu fosse um planeta.

Pois é, Maria, eu sei como você se sente! Eu lembro que no início da nossa “relação” achava-mos que éramos quase iguais. Nossos pensamentos batiam muito, e talvez por isso, estamos juntos, preservados naquilo que chamamos de amizade. Eu te entendo, acho que você me entende também e isso talvez seja um ponto a nosso favor. Em questão a ligação, eu estou morrendo de saudades da sua voz, porém já não sei mais que horas você está em casa ou que horas te ligar... Isso acaba criando um empecilho, eu também não quero te incomodar como os meus blá, blá, blás... Você agora é uma mulher ocupada. Rs...

Fico feliz que você tenha a mesma sensação que eu quando leio seus e-mails. Olha, eu fui quarta-feira ao Rio fazer a matricula da pós-graduação. As aulas começarão em Abril caso abra uma turma; ou seja, que tenha um mínimo necessário de alunos, o que é uma grande merda! Já estou meio bolado com isso. Sempre as coisas pra mim são um grande dilema. Eu acho isso um saco!

Eu sou muito parecido com você nessa parada de chutar o balde, sempre quero fazer isso. Mas sei lá meu bem, insista nas coisas que o grande prêmio já está a sua espera, nada nessa vida é em vão. Tudo tem um motivo e um por que. Basta apenas procurarmos as perguntas certas, pra vivermos uma vida tentando achar uma droga de resposta. Frustrante!

Esse Rio de Janeiro é apavorante pra mim. Não em termos de violência, não em termos de transito, mas sim, onde é que eu vou me enfiar dessa vez... Tudo muito grande, muito tentador, muito acelerado nesse tal de Rio de janeiro. O engraçado é que todos vêem o Rio como a parada, como um meio de salvação, como meio de independência e, eu pelo contrário vejo o Rio como um local de condenação. Vou acabar me enfiando no breu dessa cidade!


Porra, você é foda, escreve pra caralho e fica assim toda melindrosa, toda achando que não escreve bem... Deveria como jornalista se enfiar nesse meio, quem sabe virar uma escritora. Acho que tem talento o suficiente para isso, basta apenas escrever o que transborda dentro de você, que as coisas saem naturalmente. Tem que perder esse medo e esse senso crítico particular. Bundona!

Se fosse um tempo atrás, eu poderia até achar que fosse pra mim isso que você escreveu, poderia até fantasiar algo inexistente, poderia até sentir uma pseudo-felicidade. Mas o tempo me fez desencanar a respeito disso, me fez desencanar pra uma porrada de coisas... Eu sempre achei que eu fantasiasse demais, porém algo, mas precisamente na terça-feira, fez cair esse meu conceito. Sérgio sempre lê as coisas que escrevo, ele está lendo agora o que eu escrevi, ele acha horrível, faz uma cara... Não sabe nem mentir aquele viado. Rs. Ele me diz que tenho que fantasiar mais, inventar coisas. Deve ser porque eu disse que estou escrevendo coisas reais, e não curto inventar coisas, ainda mais sobre mim.

Então chega dessa merda. Cansei

Beijos

2 comentários:

  1. É engraçado ler carta dos outros, dá uma sensação de se estar fazendo algo muito errado ou muito escondido! rs

    ResponderExcluir
  2. Ai o Gui.. Fico muito feliz de poder tê-lo conhecido. Só o Gui para dizer q menina é talentosa e fechar o parágrafo chamando-a de bundona... rsrs

    Nossas conversas são interessantes. Podem ser sérias, de repente desembestamos a xingar um ao outro e depois rimos de tudo :P

    Gui... Meu amigo "poeteiro" e colega de profissão. Sim, ele é químico. Não, ele não pretende sintetizar as próprias drogas.

    ResponderExcluir