Tem algo diferente no meu sangue, algo que coagula, que me queima por dentro. Eu sei, mesmo tentando disfarçar, que estou condenado a ouvir:
- Você está com Câncer
Se isso for genético, ora bolas, sinta-se a vontade se quiser orar por mim. Não tenho medo, e não sofro antecipado; se assim fosse, não faria tantas coisas pra me condenar ainda mais.
Eu prefiro deixar as coisas falarem por si só do que ficar pensando, planejando. Pensar me parece forçar a abrir os olhos, e com os olhos esbugalhados a vida é mais clara, e mais futil também.
Quando queria dizer, era a hora que mais queria ouvir... Não me julguem assim como um conhecido sempre, como o bondoso, o generoso, pois a verdade é que me mutilei por dentro, abri a minha alma, estufando o peito antes de ser baleado.
- E os bêbados não descem ao meio-fio impunes
Puxa...
ResponderExcluirQuanta dor e auto condenação...
Espero que não seja real , o texto.
Bjos meus!
Quantas vezes nessa vida não nos mutilamos internamente? Mas o que quero falar mesmo é que é excelente esta metáfora: - E os bêbados não descem ao meio-fio impunes
ResponderExcluir. Parabéns, Sr. Afiadinho.
Besos,
Fan*
E aí Guilherme!
ResponderExcluirBom! Muito bom!
Teu texto tem a virtude de poeta.
Abraço cara!