domingo, 9 de outubro de 2011

Cantos de desassossego

Sentir-se livre, solto, eram uma das coisas que nunca entendi muito bem, o significado dessa merda toda, os porquês que tudo tendia a necessidade de ser assim. Sempre odiei essas porras de hippies, e continuo odiando essa necessidade de paz, de cor e de viadinhos saltitantes. Sempre fui focado demais nas coisas que me pareciam importante, sempre meu umbigo, o universo que me interessava. Meu umbigo de galáxias era perfeitinho demais pra pedir a necessidade da atenção de alguém. Isso não me tornava uma pessoa ruim, muito pelo contrário, as pessoas me achavam engraçado, às vezes chato, confesso; porém era um circuito de pessoas que eu liberava para freqüentar meus arredores.

4 comentários:

  1. Ser egoísta é natural, o egocentrismo tornou-se trivial e "batido"; Assumir ambos é incomum. Requer coragem, mesmo que ainda estejam inseridas somente na escrita.

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  2. Egoísta é o amor, egocêntrico é quem almeja sair da roda... Foi mais ou menos o que eu tentei inserir na passagem do personagem. A beleza é pra uns, a realidade pra outros... As pessoas são moralistas de mais, cheio de conceitos sobre o que pode ser certo ou não, todo mundo acha a paz legal, porém ninguém faz nada para realizá-la. Admirar? Antes depreza-la do que insultar com o fazer nada.

    Emily, Obrigado pelo comentário! Gostei bastante

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  3. Acho que acaba sendo sempre um desperdício voltar os olhos apenas para o seu próprio umbigo, mantendo toda a sua atenção só para um “circuito” fechado de pessoas, claro que isso gera uma sensação de proteção que todo mundo precisa... Mas ainda assim acaba sendo um desperdício.

    Gostei da maneira como você abordou esse tema, ótima a sua síntese.

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  4. Olá Mirtes, tudo bem? Sempre é um desperdício tornar o seu universo o único... existem tantas coisas lá fora, tanta beleza... Muitas pessoas tem a necessidade de ser maior, de pensar que é. Essas pessoas são tão fechadas, tão excêntricas que perderam suas noções de humanidade.

    Como disse Alex-supertramp, no filme natureza selvagem "a verdadeira felicidade é aquela que se compartilha".

    Obrigado pelos seus comentários!

    beijos

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