Passando por ruas desertas, caminhos tão ocos quando um coração solitário, o céu compenetrado derrama seu cetim de afazeres. Todo o espaço do mundo estava ao meu lado, e nesse todo, nesse tudo, era onde queria passar minhas horas de desespero, de felicidade, de sabor, uma mística que falava sobre união, sobre manter-se compenetrado, como uma pápula, como uma semente que germina e prontamente se suicida. Eu estava amando tudo aquilo. O cheiro do seu cabelo, o toque em sua pele macia, o deletério não conjugado. Seus olhos me cercam, me matam; olhos que arrancam os tijolos da minha base e me deixam desmoronar numa frouxidão de nervos, em veias que de tão esticadas se desmancham como farelo de pão. Os ventos falsificados que torneiam os nossos corpos descrevem a necessidade que temos de nos manter estáveis nos duzentos graus, de conjugarmos na loucura, na redundância dos nossos movimentos descompassados. Eu amo estar por baixo e passar as minhas mãos por entre as montanhas esperando que tudo, que tudo, que tudo se arruíne e venha abaixo como um vulcão.
Como uma pápula, como uma semente que germina e prontamente se suicida... como diz nosso amigo Sérgio me demilingui. ácido, caótico, e mesmo assim com um ar de paixão entranhada, de afeto.
ResponderExcluirgui não tenho argumentos mais para descrevê-la, não puxo-saco, mais essa tá foda!
acordei tem meia hora, sento no pc, e descubro seu novo post, meu melhor início de dia, já começou ácido...
Como disse Francisco aí em cima, ácido...
ResponderExcluirmuito apaixonante e louco.
bjs.
Libido e mais!
ResponderExcluirO ar de amor contido e o amor contido aos ares, urbano e místico! Muito bom!
grande abraço
tuas cores cruas. as palavras todas abertas a germinar o verbo, que é também carne. que também pulsa. feito sexo. pele. saliva.
ResponderExcluirBeijo, beijo...