sábado, 18 de dezembro de 2010

Tipica coisa do sentir-se livre

Dias de calor, muito calor, olhos cansados, uma maresia inventada e um tanto de mentiras pra alimentar. Sem tempo de ser quem sou, de fazer o que realmente gosto, de alimentar meu vício e minha amarga súplica. Pesadelos me rodeiam, minha cabeça gira e tudo o que desejo é ir pra casa descansar. Sinto saudade das cervejinhas infindas, dos casos que o acaso me trazia e de um beijo molhado durante a noite. Tenho medo de ser assaltado, porém não me privo do gosto que o risco tem a me trazer. Às noites quentes, esporadicamente, vou pra Tijuca, encontrar o que hoje tem sido uma satisfação; levo meus melhores amigos... Conversamos, bebemos, morremos e ressurgimos até um suposto imaginário galo soltar seu forte canto. As ruas entrelaçam-se pelas esquinas e um vento forte me sopra o amanhã. O sábado se derrete de imaginário, na Lapa tudo sugere um novo encontro e mais doses de beijos construídos, uma chegada ao aeroporto e mais pensamentos e constatações em longo prazo. Loucura, insanidade, um pequeno sonho de adolescência se concretiza, estou feliz e feliz por estar assim... Quente como o calor que sugere a verdade erradicada pra fora, um isolamento dos meus dias de cão, um final em grande estilo.

2 comentários:

  1. "um final em grande estilo"
    e quem não merece um?
    bom. sincero e bom!

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  2. ah a Lapa!
    já nem me sobra tempo para ir lá
    teu texto além de muito bem escrito está sugestivo, gostei de o ler

    bjs

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