quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Exibição do quadro da dama

Eu tentei parar a chuva para não transbordar a imensidão do mar em nós. O que você ouviu sobre isso? O que você pensou sobre isso? Sei que você chorou e tantas lágrimas não mudaram as coisas, o carrossel continua tocando a música alta em nossos ouvidos. Quando te beijei, beijei sem ter motivo algum, beijei por sentir as poesias que escrevo, por sentir as gavetas postas em seu lugar novamente. Mas nada disso se parece com um raio, nada disso levanta suposições, nada disso é destruidor o bastante. Rabisquei as horas e um tanto de pele que me sobrava e nem o contato mais essencial te trouxe os meus sonetos. Você sabe o quanto não me prendo as regras, as grafias; tudo deveria ser livre como naquilo que sei fazer de melhor, porém nem o meu melhor é o suficiente para encher a puta dos seus olhos. Como estou enfraquecendo não sinto muito isso, você é tudo o que me faz acreditar e amo poder acreditar. Creio nisso tudo e em um tanto de idiomas que se diz na alma, esse tipo de coisa que você não se interessa nenhum pouco.

Um comentário:

  1. Você também escreve bem, tem um "tom" muito peculiar. Seus textos possuem um sem-número de interpretações e despertam curiosidade...
    (:
    Beijos

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