sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Magnólia

Eu queria ter formas, criar algumas delas, pra poder digitar aquele sorriso. Não sei exatamente de onde ele surgiu e como conseguiram inventar tamanha imensidão. Têm um espaço vazio, e me parece, de alguma forma, ele ter me completado. De repente descobri que queria aquele sorriso pra mim, acordar e dormir observando-o. Queria sentir nos dias transcorridos de suor sua reprovação, sua felicidade, sua tristeza, sua mágoa; o encontro dos nossos dois sorrisos únicos. Sinto-me mais preenchido quando posso admirá-lo, quando o tempo nos aproxima e posso fazer dela inteira uma grande gargalhada. Sua energia transpira e com seus sais quero fazer da minha água negra um mar, um banho de gostar, molhando nossos conceitos quebrados. Eu te quero penetrando meus poros, refocilando minha pele, fazendo-me ser presencial, obsoleto e intermitentemente uma variação daquilo que mais amo.

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