quarta-feira, 21 de abril de 2010

Manhã roubada

A sensação permanece
Como luz, como adorno
E, hoje tudo tão vívido
Que nada pretendo esquecer.

Seu corpo
Seu copo
Silenciosas águas perfurantes
A sensação de inacabado em mim se faz com fastio.

Queria eu ser reservatório
Queria ser fuligem
Ter fome de estômago,
Pois saciar-te-ia por completo.

Precipitação em seu leito fluvial
Verdade cortada...
O que serei pra você?
O que serei por você?

Bobo, dramático,
Falsidade largada,
Verdade engolida à ferro
Oceano vazio ou só fogo morto...?

3 comentários:

  1. A antropofagia de degustar os corpos,
    de beber afagos úmidos
    de encarnar os deleites do toque,
    [aquele que dá passagem pra fome]

    Blog mofado, bom de percorrer

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. Ter fome de estômago! :)
    é uma das coisas mais belas que já li nesses dias... ter fome de estômago é exatamente o que eu queria ter e saciando-a quem sabe assim poderia minimizar minhas tantas outras fomes! (6)
    Fome de gente por exemplo. Adorei!

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