sábado, 8 de maio de 2010

Paz na solidão

A madrugada vive no tenor dos seus olhos, na vontade e no desejo da descoberta, do insaciável parágrafo do seu rosto. Nada posso pensar nessa semana sem ser ela, pois meu desejo é senti-la no calor do seu abraço de três braços. Eu quero nadar onde seu corpo habita, quero remar onde o desconhecido revela-se usando sua máscara de carnaval. Sua beleza é composta e, sabe bem ela que seu reflexo no espelho tem vida, e isso, de fato, é um pedaço que admira... Queria trocar o sol que me traz luz, pela neblina e o frio que se faz o seu ambiente, trocaria sem ao menos pensar, sem ao menos lembrar-me do que foi feito do meu passado. Sobre ela nada mais posso escrever, seria um abuso da minha parte, pois não conheço adjetivos para isso.

5 comentários:

  1. Um homem sem musas é um homem pela metade...
    Reforço: gosto muito de ter acesso ao seu diário.
    abraço! té mais...

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  2. ... e quando a musa é nada menos do que aquela que nos assombra mesmo quando estamos dispersos na multidão... tudo pode ficar mais interessante. As reflexões transformam-se em palavras nunca antes imaginadas se não fosse por ela...

    Cara... não costumava acompanhar blogs... comecei a pouco tempo, antes eu escrevia apenas pra mim, mas com blogs como o seu estou aprendendo como é fascinante ler e ser lido. Expor o que nos aflige e também aquelas fantasias tão loucamente escondidas em nossas entranhas.

    Parabéns não só pelo texto, mas também pelo blog!!!

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  3. É, concordo com seus leitores... poetas precisam de "musas", de foras, de dores... Essa coisa de "felicidade plena" não faz poesia! rs

    Beijo, poeta!

    Boa semana!

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  4. Muito legal, cara, bem poético!
    Abraço

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  5. [...] O tempo desdobrava-se nestas tentativas, até que palavras chegavam na sua janela, adentravam-se na madrugada e, de letra em letra, envolviam-a num calor crescente. As prévias dos abraços? [...]

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