sexta-feira, 14 de maio de 2010

Lua

Eu plantei meia-dúzia de palavras em meu peito, vesti suas frases experimentadas no ardor e me senti acolhido ao ponto de não querer tirá-las mais. Eu lacei-a entre o céu estrelado e não há nada no mundo capaz de roubá-la de mim. Ah sim, minha Lua de pele clara, de um suntuoso sorriso e de olhos castanhos tão fundos que mal consigo encostar os meus pensamentos. Perto dela não vejo, não ouço, apenas exalo sua essência, seu início, meio e fim. Isso não deveria de forma alguma se chamar amor de tão irreconhecível, de tão desconhecido... Poderia se chamar universo, pois jamais o conhecerei por inteiro, poderia se chamar abismo, pois me atiro ao seu encontro.

5 comentários:

  1. "Isso não deveria de forma alguma se chamar amor de tão irreconhecível, de tão desconhecido... Poderia se chamar universo, pois jamais o conhecerei por inteiro, poderia se chamar abismo, pois me atiro ao seu encontro."

    Cara! Isso é lindo!
    Sem comentários...

    ResponderExcluir
  2. (...) "poderia se chamar abismo, pois me atiro ao seu encontro."

    Olá, Gui! Gostei disso!
    Gostei por que parece excesso, e por que eu sou meio assim... E ando sofrendo por isso! rs Mais pensando bem, é tão bom se jogar, né!?

    Beijo, poeta!

    ResponderExcluir
  3. Uou...
    Ah, como são sempre lindas suas palavras. Sempre intensas para descrever algo que deveria ser suave, mas nunca é, pelo menos não esse tipo de amor...e é bom que não seja, assim tudo é motivo para estremecer.

    Gosto tanto de vir aqui, muito mesmo!

    Beijão, Guilherme

    Texto lindo

    ResponderExcluir
  4. E a Lua, à mercê da linguagem velhissíma da noite, conjugava naquele que a roubou uma dança. A textura dele era sentida quando de labaredas envolvia ela. Era o Sol,

    ResponderExcluir
  5. Estou...

    Encantada, encantada, encantada!

    ResponderExcluir