Por favor, não morra...! Traga consigo a lenha, e o veneno para alimentarmos as cobras. Dê valor a areia, deixe-a cair, deixe-a fazer o nosso alimento, pois da sua queda tiramos o aprendizado do infinito e a permanência da nossa reinvenção constante. Eu sinto você e sua presença ática deslizando pela minha pele; e às vezes sinto a sua pétala escorar, sangrar sua essência desconhecida sobre o oxigênio mesquinho que eu respiro. Quero me embriagar pelas margens do seu rio santo, beber o vinho que seu corpo produz, e dançar além das árvores estateladas a nossa versão mística do encontro, da chuva e dos gozos. Por favor, não me deixe morrer, a nossa construção independe da distância, independe da razão de olhos distorcidos e incrédulos: “Vamos dançar”? Pois acho que encontrei minha companheira de dança.
Que não seja uma dança compassada, ensaiada, que seja um tango com muitas piruetas e pés apontando pro céu.
ResponderExcluirDançar,
ResponderExcluirna tessitura de um acorde [corpos-cancionais]
Dançar,
enroscando-se na lua de suspiros
multiplicando-se pés [caminhos]
Senti o aroma do café. E o cheiro de areia da construção. Porque não dançar? :)
ResponderExcluir=**
A sensualidade das suas palavras são sempre tão sedutoras.
ResponderExcluirBeijão Guilherme