quarta-feira, 29 de julho de 2009

Concurso Cidade de Porto Seguro - Contos

Saiu finalmente o resultado do concurso de contos da cidade de Porto Seguro. Pra quem achou que eu ganhei alguma coisa está muito enganado, não ganhei nada.
Quando pensei em ingressar nesse mundo de competições não imaginei que conseguiria algum destaque. Como disse acima não ganhei o prêmio de mil reais. Mas isso não significa que sai perdendo.
Provavelmente se eu ganhasse esse dinheiro gastaria com futilidades, tomaria cerveja com meus amigos, muitas cervejas... (o que seria ótimo), compraria um estoque quase vitalício de maços de cigarro, de preferência Marlboro Light (o que seria ótimo também, já que R$ 4,50 está muito caro), e compraria finalmente o fogão azul, velho e surrado pela ferrugem que tanto eu imagino e idealizo. Quem é que tem um fogão azul? Eu quero ter um!
Esse concurso da cidade de Porto Seguro foi minha primeira experiência em algum tipo de concurso de literatura, isso é bom pra medir a evolução e os parâmetros que minha escrita está se tornando. Já que minha professora de português do colegial nunca me deu mais que “sete” em uma redação. Porra, eu não queria ficar falando sobre coisas que não me interessava.
Faça uma dissertação sobre... “O cultivo de arroz integral do Japão”. Que coisa chata. Tirando isso tinha uma menina gostosa que me ajudava a tirar os meus “setes”. Ela sentava bem ao meu lado, toda aula de redação, e sempre usava uns decotes provocantes. E quando vinha me pedir alguma coisa, quase lançava seus peitos na minha cara. Ou seja, concentração Bye Bye.
Eu tenho um sério problema de concentração, não consigo fazer nada com alguém falando no meu ouvido. Nos meus tempos de faculdade (me formei no final do ano passado), meus colegas de classe achavam que eu era algum prepotente ou sabichão que não gostava de se misturar. Uns três meses depois, eles perceberam que eu não regulo muito bem das idéias. Caralho, eu tenho adoração por lagartixas, não posso ver uma, pois logo me desligo do mundo. É curioso como ela consegue grudar nas paredes, e quando ela fica ali toda parada, esperando o momento certo pra pegar o pernilongo.
Pra mim isso é tão emocionante como uma tabelinha do Romário e do Bebeto na copa de 94. Mas isso não tem nada haver com o concurso.
Enfim, não ganhei o concurso e nem os mil reais, mas consegui uma publicação, é o que eu acho o mais importante. É legal você conseguir coisas por você mesmo, sem depender de ninguém. Eu já fui vencedor de três concursos de melhor banda de rock, mas não venci sozinho. Conseguir uma publicação foi algo meu, só meu!
Dentro do meu jeito estabanado de ser eu vou construindo as palavras, as frases e a capa do livro que é a minha vida. Alguém me disse uma vez que você é o que você conquista. Eu sou uma Antologia.

O resultado do concurso está disponível http://www.vialiteraria.com/

O conto "A Carta" foi algo muito diferente que eu escrevi. Ela está postada aqui no blog, jogada nas profundezas dos dias que se passaram.

Desculpem-me os palavrões, é porque estou lendo um livro do Marcelo Rubens Paiva e ele mexe muito comigo.

5 comentários:

  1. Se fosse no meu concurso você ganhava!
    [risos]
    E, quem não fica mexido com Paiva?!
    [risos]

    Abraços!

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  2. "Dentro do meu jeito estabanado de ser eu vou construindo as palavras, as frases e a capa do livro que é a minha vida." Não tem jeito melhor de dizer que sua vida é um livro aberto. Faça dela um clássico. Parabéns pela primeira das muitas publicações! Besos, Fan*

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  3. Como vc não ganhou o concurso? Acho que os juízes comiam o ganhador, só podia ser!

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  4. É isso aí!!!
    Parabéns cara!!!
    Bom ver que gente nossa, que conhecemos e um grande amigo, está sensibilizando esse mundo!
    Abração cara!

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  5. É, Guilherme, acho que todos nós somos uma antologia... Criamos as nossas histórias e damos a importância que queremos a cada capítulo.
    Muito bom o seu texto reflexivo. E outros concursos virão. Quem sabe no próximo você ganha so mil reaisd e compra o fogão azul, se é que ele já não estará instalado na sua cozinha.

    Beijos, muito boa a sua prosa.

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